domingo, 20 de fevereiro de 2011

Constantes mudanças...
Constantes movimentos...


"Mas eis que chega a roda viva
E carrega o destino prá lá ..."


Qual será a próxima parada?

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Sobre o segredo das mulheres no banheiro

O grande segredo de todas as mulheres com relação aos banheiros é que, quando pequenas, quem as levava ao banheiro era sua mãe. Ela ensinava a limpar o assento com papel higiênico e cuidadosamente colocava tiras de papel no perímetro do vaso e instruía:
"Nunca, NUNCA sente em um banheiro público"
E, em seguida, mostrava "a posição", que consiste em se equilibrar sobre o vaso numa posição de sentar sem que o corpo entre em contato com o vaso.
"A Posição" é uma das primeiras lições de vida de uma menina, super importante e necessária e irá nos acompanhar por toda a vida.
No entanto, ainda hoje, em nossa vida adulta, "a posição" é dolorosamente difícil de manter quando a bexiga está estourando.
Quando você TEM que ir ao banheiro público, você encontra uma fila de mulheres, o que faz você pensar que o Brad Pitt deve estar lá dentro. Você se resigna e espera, sorrindo para as outras mulheres que também estão com braços e pernas cruzados na posição oficial de "estou me mijando".
Finalmente chega a sua vez. Você, então verifica cada cubículo por baixo da porta para ver se há pernas. Yes, todos estão ocupados.
Finalmente, um se abre e você se lança em sua direção quase puxando a pessoa que está saindo.
Você entra e percebe que o trinco não funciona (nunca funciona), mas não importa...
Você pendura a bolsa no gancho que há na porta e se não há gancho (quase nunca há gancho), você inspeciona a área.
O chão está cheio de líquidos não identificados e você não se atreve a deixar a bolsa ali, então você a pendura no pescoço e observa como ela balança sobre o seu pescoço, sem contar que você é quase decapitada pela alça porque a bolsa está cheia de bugigangas que você foi enfiando lá dentro, a maioria das quais você não usa, mas que você guarda porque nunca se sabe....
Mas, voltando à porta...
Como não tinha trinco, a única opção é segurá-la com uma mão, enquanto, com a outra, abaixa a calcinha com um puxão e se coloca "na posição".
Alívio... AAhhhhhh... Finalmente...
Aí é quando os teus músculos começam a tremer...
Porque você está suspensa no ar, com as pernas flexionadas e a calcinha cortando a circulação das pernas, o braço fazendo força contra a porta e uma bolsa de 5 kg pendurada no pescoço.
Você adoraria sentar, mas não teve tempo de limpar o assento nem de cobrir o vaso com papel higiênico. No fundo, você acredita que nada vai acontecer, mas a voz de tua mãe ecoa na tua cabeça...
"JAMAIS SENTE EM UM BANHEIRO PÚBLICO!!!"
... E, assim, você mantém "a posição" com o tremor nas pernas.
E, por um erro de cálculo na distância, um jato finíssimo salpica na sua própria bunda e molha até suas meias!! Por sorte, não molha os sapatos.
Adotar "a posição" requer grande concentração.
Para tirar essa desgraça da cabeça, você procura o rolo de papel higiênico, maaassss, p*** que o pariuuuu...! O rolo está vazio...! (sempre!!!)
Então você pede aos céus para que, nos 5kg de bugigangas que você carrega na bolsa, haja pelo menos um miserável lenço de papel. Mas, para procurar na bolsa, você tem que soltar a porta. Você pensa por um
momento, mas não há opção...
E, assim que você solta a porta, alguém a empurra e você tem que freiá-la com um movimento rápido e brusco enquanto grita: "TÁ OCUPAAADOOOO!!!"
Você então começa a contar os segundos que faltam para você sair dali, suando, porque você está vestindo o casaco - já que não há gancho na porta ou cabide para pendurá-lo.
É incrível o calor que faz nestes lugares tão pequenos e nessa posição de força que parece que as coxas e panturrilhas vão explodir! Sem falar da porrada que você levou da porta, a dor na nuca pela alça da bolsa, o suor que corre da testa, as pernas salpicadas...
Você está exausta. Ao ficar de pé você não sente mais as pernas. Você acomoda a roupa rapidíssimo e tira a alça da bolsa por cima da cabeça!
Você, então, vai à pia lavar as mãos. Está tudo cheio de água, logo você não pode soltar a bolsa nem por um segundo. Você a pendura em um ombro e, não sabendo como funciona a torneira automática, você a toca até que consegue fazer sair um filete de água fresca e estende a mão em busca de sabão. Você se lava na posição de corcunda de notre dame para não deixar a bolsa escorregar para baixo do filete de água...
O secador de mãos você nem usa, é um traste inútil.
Aí,  você seca as mãos na roupa porque NEM PENSAR usar o último lenço de papel que sobrou na bolsa para isso.
Você então sai.
(Sorte se um pedaço de papel higiênico não tiver grudado no sapato e você sair arrastando-o, ou pior, a saia levantada, presa na meia-calça, que você teve que levantar à velocidade da luz, e te deixou com a bunda à mostra!)
Nesse momento, você vê o teu carinha que entrou e saiu do banheiro masculino e ainda teve tempo de sobra para ler um livro enquanto esperava por você.
"- Por que você demorou tanto?" - pergunta o idiota!!!!
Você se limita a responder:
"- A fila estava enorme..."
E esta é a razão porque as mulheres vão ao banheiro em grupo.
Por solidariedade, já que uma segura a tua bolsa e o casaco, a outra segura a porta e assim fica muito mais simples e rápido já que você só tem que se concentrar em manter "a posição" e a dignidade.

Meu muito obrigada, do fundo do coração, à todas as amigas que já me acompanharam ao banheiro! rs

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Sobre ditados

Os ditados populares nada mais são do que expressões da mais pura realidade de experiência e vivência humana.
Sempre há algum que se enquadra em qualquer tipo de conversa.
Dentre os meus prediletos estão:
"O pior cego é aquele que não quer ver";
"Você é senhor das palavras que cala e escravo das que pronuncia";
"Quem não vive pra servir, não serve pra viver".

Hoje existem dois que não param de martelar na minha cachola:
"Quem muito desconfia tem culpa no cartório".
"Mentira tem perna curta".

Espero que amanhã o provérbio do dia seja:
"Tudo o tempo põe no esquecimento".




Aaaffffffffffff...

Vou ver "Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulain" pela 74ª vez e me matar numa caixa de chocolate.

Gudibái, visse.



Pra quem nunca viu, segue um tiquinho do meu filme predileto.  Só pra dar vontade de ver. Ou não! rs


http://www.youtube.com/watch?v=ogMMGC9aDpA&feature=player_embedded

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Sobre idéias!

Oláááá, enfermeira! hehehehe
(Só quem é gordinho mongol vai entender este cumprimento! hauhauahua)

Há dias não escrevo nada aqui, não é mesmo??
Acho que aquela melancolia toda já estava me enojando!
E como eu não conseguia escrever nada além de assuntos melancólicos e petições endereçadas ao "Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito...", pensei que talvez fosse melhor não escrever.
Que fique claro: não escrever aqui no blog. Minhas petições eu tive que continuar fazendo incessantemente! Simples assim... Ó, vida proletariada... rs
Enfiiiiiiiiiiiim!
Superadas minhas crises existenciais (mais ou meninhos, né? hehehe)...
Falarei sobre o um bilhão de idéias mirabolantes que explodem em minha mente, se batem, se chocam, se namoram... Essas minhas idéias são muito, muito loucas e... loucas!
Elas correm tão rápido que, antes que eu termine de digitar uma palavra, já não sei mais onde está aquela idéia danadinha que eu ia escrever! rs

Na verdade, verdade verdadeira mesmo, apesar de eu ter o um bilhão de idéias super legais, às vezes vejo algumas coisas e penso: "Poutz! Podia ser MINHA esta idéia!".

Portanto, está decidido. Hoje falarei sobre idéias mirabolantes, mããs... Idéias dos outros. E que eu queria muito, muito, muito que fossem MINHAAAS! rs

Por exemplo, esta torradeira:


"A torradeira do Darth Vader dá um novo sentido ao lado negro da Força. Com ela o café da manhã dos nerds vai ficar muito mais divertido, com pães ilustrados com o capacete do Mestre Sith.
Só tome cuidado para não queimar a torrada, porque o poder desta torradeira não pode ser subestimado!"

Genial!! Como não tive esta idéia??
Imagine só, destroçar o Darth Vader à dentadas?!
Gostei muito, muito, muito!
Inclusive, se alguém quiser me dar de presente de aniversário (que é dia 29 de novembro, para quem não sabe), ela está a venda no Star wars shop, por apenas U$ 54,99. Vou A-DO-RAR!


Quer ver outra idéia genial?



O Flowlab, este skate de 14 (sim, QUATORZE) rodinhas te dá a sensação de flutuar como se estivesse andando de snowboard, e tudo isso SEM snow! Uow! rs
A criatura que inventou essa jóia rara intergaláctica merece um beijo no cucuruto!


Bah...
Se eu colocar todas as criações que me dão "coisinhas" de tão legais que são, este post vai ficar enorme!
E eu me comprometi a não escrever mais posts enormes.
Portanto, camarada d´'água, estou finalizando.
Sim, finalizando! (Ufa, que bom, né?! rs)

Mas finalizando com muita classe!!!
Aqui seguem fotos GENIAIS, de uma idéia que...
Poutz! Como é que eu não tive esta idéia BRILHANTE??!! rs


Divirtam-se!!
(Pq eu tô cascando de rir até agora... kkkk)






















Gostooou, né??
Eu sabia que você ia gostar! hahaha
Isso é tudo! Até o próximo post!
Beijo, não me liga. rs

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Sobre a vida...


QUANDO ME TORNEI INVISÍVEL


Já não sei em que data estamos.
Lá em casa não há calendários e na minha memória as datas estão todas misturadas...
Me recordo daquelas folhinhas grandes, uns primores, ilustradas com imagens dos santos que colocávamos no lado da penteadeira!
Já não há nada disso.
Todas as coisas antigas foram desaparecendo e, sem que ninguém desse conta, eu fui me apagando também...

Primeiro me trocaram de quarto, pois a família cresceu.
Depois me passaram para outro menor, ainda com a companhia de minhas bisnetas.
Agora ocupo um desvão, que está no pátio de trás.
Prometeram trocar o vidro quebrado da janela, porém se esqueceram, e todas as noites por ali circula um ar gelado que aumenta minhas dores reumáticas.

Mas tudo bem...

Há muito tempo tinha intenção de escrever, porém passava semanas procurando um lápis... E quando o encontrava, eu mesma voltava a esquecer onde o tinha posto.
Na minha idade as coisas se perdem facilmente.
Claro, não é uma enfermidade delas, das coisas, porque estou segura de tê-las... Porém sempre desaparecem!

Noutra tarde dei-me conta que minha voz também tinha desaparecido.
Quando eu falo com meus netos ou com meus filhos, não me respondem.
Todos falam sem me olhar, como se eu não estivesse com eles, escutando atenta o que dizem.
As vezes intervenho na conversação, segura de que o que vou lhes dizer não ocorrera a nenhum deles e de que lhes vai ser de grande utilidade.
Porém não me ouvem, não me olham, não me respondem.
Então, cheia de tristeza, me retiro para meu quarto e vou beber minha xícara de café.
E faço assim, de propósito, para que compreendam que estou aborrecida, para que se dêem conta que me entristecem e venham buscar-me e me peçam perdão…
Porém ninguém vem....

Quando meu genro ficou doente, pensei ter a oportunidade de ser-lhe útil, lhe levei um chá especial que eu mesma preparei.
Coloquei-o na mesinha e me sentei a esperar que o tomasse, só que ele estava vendo televisão e nem um só movimento me indicou que se dera conta da minha presença.
O chá pouco a pouco foi esfriando… E junto com ele, meu coração...

Então noutro dia lhes disse que quando eu morresse todos iriam se arrepender.
Meu neto menor disse: “Ainda estás viva vovó?"
Eles acharam tanta graça, que não pararam de rir.
Três días estive chorando no meu quarto, até que numa manhã entrou um dos rapazes para retirar umas rodas velhas e nem o bom dia me deu.

Foi então quando me convencí de que sou invisível...
Parei no meio da sala para ver se me tornando um estorvo me olhavam.
Porém minha filha seguiu varrendo sem me tocar, os meninos correram em minha volta, de um lado para o outro, sem tropeçar em mim.

Um dia se agitaram os meninos, e vieram me dizer que no dia seguinte nós iríamos todos passar um dia no campo.
Fiquei muito contente! Fazia tanto tempo que não saía e mais ainda ia ao campo!

No sábado fui a primeira a levantar-me.
Quis arrumar as coisas com calma.
Nós, os velhos, tardamos muito em fazer qualquer coisa, assim que adiantei meu tempo para não atrasá-los.
Rápido entravam e saíam da casa correndo e levavam as bolsas e brinquedos para o carro.
Eu já estava pronta e muito alegre, permaneci no saguão a esperá-los.
Quando me dei conta eles já tinham partido e o auto desapareceu envolto em algazarra,compreendí que eu não estava convidada, talvez porque não coubesse no carro...
...Ou porque meus passos tão lentos impediriam que todos os demais caminhassem a seu gosto pelo bosque.

Senti claro como meu coração se encolheu e a minha face ficou tremendo como quando a gente tem que engolir a vontade de chorar...

Eu os entendo... Eles vivem o mundo deles.
Ríem, gritam, sonham, choram, se abraçam, se beijam.
E eu, já nem sinto mais o gosto de um beijo!

Antes beijava os pequeninos, era um prazer enorme tê-los em meus braços, como se fossem meus.
Sentía sua pele tenrinha e sua respiração doce bem perto de mim.
A vida nova me produzia um alento e até me dava vontade de cantar canções que nunca acreditara me lembrar.
Porém, um dia minha neta Laura, que acabava de ter um bebê, disse que não era bom que os anciãos beijassem aos bebês, por questões de saúde...

Desde então já não me aproximo deles, não quero lhes passar algo mal por minhas imprudências.
Tenho tanto medo de contagiá-los!

Eu os bendigo a todos e lhes perdôo, porque...

“Que culpa tem os pobres de que eu tenha me tornado i n v i s í v e l ?”


Texto Original- "El dia que me volvi invisible"
Silvia Castillejon Peral, Cidade do México-2002

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Sobre memórias

Certas memórias parecem sempre atuais.
Parece que vivemos "ontem".  Ou "indagorinha". rs

Carlos Drummond de Andrade sempre tocou meu coração e embalou meus amores, percorrendo pelo início, o meio e também o, sempre triste, fim.
Ele acompanhou todos os ciclos que já vivi, e tenho certeza de que acompanhará os que ainda viverei, até chegar o dia em que virá um amor que não terá mais fim. (Sim, eu ainda acredito no amor. rs)

Ontem, revivendo memórias dos amores da minha vida, lembrei-me deste e-mail transcrito abaixo...

Se há uma receita, ei-la aqui!

Serviu pra mim. Aliás, ainda serve (todo dia!)...
Tenho certeza de que servirá pra você também.

Por fim, eu declaro:
Adeus, passado!
Adeus pó, poeira e lamento!
E que venham as alegrias!
Porque hoje eu acordei com muita vontade de ser feliz! :)


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De: xxxxxxx (hehehehe)
Data: 28 de fevereiro de 2010 22:05
Assunto: A carta!
Para: Kelly Tavares

Escrevo este e-mail, querida Kelly, pois, anteriormente, uma carta você também escreveu. Hoje, encontrei-a, deliciei-me e fiquei melancólico, porém o sentimento predominante é satisfação da surpresa. Então decidi que devo lhe agradecer pelo carinho, ao menos com uma resposta, apesar de você merecer muito mais.
Ofereço-lhe, portanto, um poema de Drummond, já que na citada carta, citou-o a contra-golpe.

Veja o que ele também diz sobre o amor:
 
Para Viver um Grande Amor
(Carlos Drummond de Andrade)


"É preciso abrir todas as portas que fecham o coração.
Quebrar barreiras construídas ao longo do tempo,
Por amores do passado que foram em vão
É preciso muita renúncia em ser e mudança no pensar.
É preciso não esquecer que ninguém vem perfeito para nós!
É preciso ver o outro com os olhos da alma e se deixar cativar!
É preciso renunciar ao que não agrada ao seu amor...
Para que se moldem um ao outro como se molda uma escultura,
Aparando as arestas que podem machucar.
É como lapidar um diamante bruto...para fazê-lo brilhar!
E quando decidir que chegou a sua hora de amar,
Lembre-se que é preciso haver identificação de almas!
De gostos, de gestos, de pele...
No modo de sentir e de pensar!
É preciso ver a luz iluminar a aura,
Dando uma chance para que o amor te encontre
Na suavidade morna de uma noite calma...
É preciso se entregar de corpo e alma!
É preciso ter dentro do coração um sonho
Que se acalenta no desejo de: amar e ser amada!
É preciso conhecer no outro o ser tão procurado!
É preciso conquistar e se deixar seduzir...
Entrar no jogo da sedução e deixar fluir!
Amar com emoção para se saber sentir
A sensação do momento em que o amor te devora!
E quando você estiver vivendo no clímax dessa paixão,
Que sinta que essa foi a melhor de suas escolhas!
Que foi seu grande desafio... e o passo mais acertado
De todos os caminhos de sua vida trilhados!
Mas se assim não for...
Que nunca te arrependas pelo amor dado!
Faz parte da vida arriscar-se por um sonho...
Porque se não fosse assim, nunca teríamos sonhado!
Mas, antes de tudo, que você saiba que tem aliado.
Ele se chama TEMPO... seu melhor amigo.
Só ele pode dar todas as certezas do amanhã...
A certeza que... realmente você amou.
A certeza que... realmente você foi amada."

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Sobre presentes




Hoje eu ganhei um balde.
Um balde de cuspe, direto na minha cara.


Se alguém quiser me dar algum outro presente, sugiro um lenço...


(Até porque... Cuspe?? Eu já tenho aos baldes...)