Percorre pelos meus braços e pulsa bem ali, na ponta dos dedos.
Arrepia de tanto cansaço.
Pesa sobre as pálpebras, que piscam com maior frequência e sob os pés, que sentem dificuldade em levantar.
Carrega as idéias e ideais em balões de pensamento, que voam pra bem, bem longe daqui...
Não quero ser.
Não quero estar.
Nem continuar, andar, parecer, permanecer.
Não quero ficar.
Não quero verbos de ligação.
Aliás, não quero verbo nenhum.
Não quero nada. Nem querer eu quero.
É um vazio que toma conta... Mas de tanto vazio, enche.
E fico assim, cheia de vazio.
Tão cheia, mas tão cheia que parece até que vou explodir...
Sono, chateação e uma lágrima que tive que engolir goela abaixo e agora está aqui, entalando quase um rio de gritos mudos.
"- Desisto de ti!" - disse o despertador.
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