Entre tanta covardia deste mundo (mundão covarde, mundão medroso...)
Covardia dos homens, que não têm coragem nem pra colocar o nariz pra fora das janelas da razão...
Covardia destas nuvens cinzas que insistem em esconder a bola de ouro que ilumina o céu...
Covardia de todos aqueles que calam quando na verdade queriam gritar...
Covardia dos que já apanharam e se trancam em casa por medo de apanhar de novo...
Toda a covardia que consome os que já caíram do muro, e agora não tiram os pés do chão...
Os que já caíram da árvore, e agora não tiram os pés do chão...
Que caíram do precipício de um amor, e agora não tiram seus pés do chão...
Me enchi.
Enchi, enchi... Enchi tanto!
E quando achei que iria explodir, me enchi de coragem e resolvi!
Resolvi abrir as portas da razão e sair correndo pela rua. Sem cordas, sem roupas, sem lenço nem documento... Sem rumo...
Corri, corri... Corri tanto!
E o vento me abraçou como um pai abraça sua filhinha...
Bagunçou meus cabelos...
Secou minha língua...
Me empurrou, me carregou...
Dançou comigo uma valsa linda...
Resolvi assoprar com todas minhas forças pra fazer as nuvens cinzas se dissiparem...
Assoprei, assoprei... Assoprei tanto!
E assim fiz até as minhas bochechas ficarem roxas...
E então o sol me sorriu, aquecendo minhas idéias mais secretas que andavam congeladas...
Refletindo em minha pele branca...
Realçando os fios de fogo que brotam na minha cabeça grande...
Resolvi gritar tudo aquilo que estava entalado na garganta.
Tantas coisas aprisionadas pela escravidão do medo...
Gritei, gritei... Gritei tanto!
Que fiquei até com dor de garganta!
Aí tomei tereré trincando de tão gelado, tomei sorvete de cupuaçu e fiquei tocando violão no sereno, sentada na grama úmida da madrugada.
E a dor de garganta passou! rs
Resolvi dar minha cara a tapa.
Assim, à vontade, pra quem tivesse CORAGEM de conhecer as consequências.
De fato... Apanhei.
Apanhei, apanhei... Apanhei tanto!
Mas aprendi a bater de volta.
Aprendi a levantar de volta.
Aprendi a apanhar de volta...
E aprendi que é assim que fico mais forte.
Resolvi subir no muro mais alto pra ver o que tinha do outro lado.
Subi, subi... Subi tanto!
Que muro alto, achei que nunca chegaria ao topo!
Que fantástico!
Nossa, nunca tinha visto coisa parecida!
Mas não posso contar o que tinha do outro lado...
Saber isso é mérito apenas dos que já subiram lá. rs
Resolvi escalar a árvore mágica cujos frutos não caem.
Só come daqueles frutos quem sobe para apanhá-los!
Escalei, escalei... Escalei tanto!
Toda ralada, esfolada e cansada, me maravilhei com suas cores vivas, me lambuzei com seu doce, seu sumo...
Tentei trazer alguns frutos, mas quando pisei no chão eles sumiram!
É a regra da magia...
Resolvi, por fim, me jogar do precipício de um amor.
Me joguei e caí...
Caí, caí... Caí tanto!
E quando em plena quedra livre eu via o chão se aproximar, fiz uma descoberta in-crí-vel:
Descobri que...
P O S S O V O A R !
(Será um sonho?)
segunda-feira, 26 de julho de 2010
terça-feira, 20 de julho de 2010
Sobrevoar
Ele é citado direta e indiretamente em diversos poemas, frases, músicas, pinturas, rodinhas de prosa, brincadeiras pueris...
É a imagem móvel da eternidade imóvel, para Platão.
Ele passa e o homem não percebe, segundo Dante Alighieri.
É mano velho, segundo Fernanda Takai.
É o seu melhor amigo, segundo Carlos Drummond de Andrade.
É eterno para os que amam, segundo Shakespeare.
São compassos desafiadores, para Mike Portnoy.
É mole e derretido, numa visão de Dali.
Não para, disse Cazuza.
Ele não cura tudo. Aliás, não cura nada, apenas tira o incurável do centro das atenções, segundo Martha Medeiros.
Nas asas dele, a tristeza voa, segundo La Fontaine.
Quem o mata não é assassino e sim um suicida, para Millôr Fernandes.
Este danando é justamente o que estou perdendo (ou ganhando?) agora.
Ele está passando... (Ou será que está ficando?)
Corro contra ele, preciso dele.
Conto, reconto, calculo.
Sofro, esqueço...
Ele acalenta minhas dores, remexe meus anseios, muda minhas idéias, minhas metas, alimenta minhas dúvidas, aumenta minhas dívidas...
Perfura e cicatriza.
Me faz amar.
Me faz enjoar.
Me faz enojar.
Me injeta saudades.
Me faz amar de novo.
Este danado é o tempo.
Há 24 anos convidei-o para um duelo mortal, e sabe o que ele me disse?
- Filha minha, escute esta graça:
Nesta vida passageira, tudo, mas tudo mesmo passa.
A febre, a lebre, o lamento e o juramento.
Com força e leveza, passa o sopro do vento.
Passa a uva, passa o ferro...
Passa até aquela pedra... Aquela, que tinha no meio do caminho!
Por fim, "eles passarão. Eu passarinho!"
Desde então, sinto-me transitória.
De fato, estou Kelly, e isso também passa...
(rinho...)
É a imagem móvel da eternidade imóvel, para Platão.
Ele passa e o homem não percebe, segundo Dante Alighieri.
É mano velho, segundo Fernanda Takai.
É o seu melhor amigo, segundo Carlos Drummond de Andrade.
É eterno para os que amam, segundo Shakespeare.
São compassos desafiadores, para Mike Portnoy.
É mole e derretido, numa visão de Dali.
Não para, disse Cazuza.
Ele não cura tudo. Aliás, não cura nada, apenas tira o incurável do centro das atenções, segundo Martha Medeiros.
Nas asas dele, a tristeza voa, segundo La Fontaine.
Quem o mata não é assassino e sim um suicida, para Millôr Fernandes.
Este danando é justamente o que estou perdendo (ou ganhando?) agora.
Ele está passando... (Ou será que está ficando?)
Corro contra ele, preciso dele.
Conto, reconto, calculo.
Sofro, esqueço...
Ele acalenta minhas dores, remexe meus anseios, muda minhas idéias, minhas metas, alimenta minhas dúvidas, aumenta minhas dívidas...
Perfura e cicatriza.
Me faz amar.
Me faz enjoar.
Me faz enojar.
Me injeta saudades.
Me faz amar de novo.
Este danado é o tempo.
Há 24 anos convidei-o para um duelo mortal, e sabe o que ele me disse?
- Filha minha, escute esta graça:
Nesta vida passageira, tudo, mas tudo mesmo passa.
A febre, a lebre, o lamento e o juramento.
Com força e leveza, passa o sopro do vento.
Passa a uva, passa o ferro...
Passa até aquela pedra... Aquela, que tinha no meio do caminho!
Por fim, "eles passarão. Eu passarinho!"
Desde então, sinto-me transitória.
De fato, estou Kelly, e isso também passa...
(rinho...)
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Sobre nomes
Ontem ganhei um novo apelido: Kellícera.
Resolvi então fazer um apanhado histórico e cronológico dos meus mil apelidos, especialmente para os desocupados de plantão:
1985
Kellynha
Esse é o mais comum e geralmente vem seguido de um cafunézinho no cucuruto ou um sorriso com os olhos apertadinhos.
Assim: ^^
Escuto desde quando eu me lembro de ter escutado alguma coisa.
Quem me chama assim: parentes em geral, professores, colegas da escola, da dança, da faculdade, dos cursos, do serviço, clientes, amigos, inimigos...
Kellyzinha
Quem me chama assim é minha prima Patrícia, a “Patizinha”.
Só ela.
Desde sempre. E para sempre. Iêê!
Neguinha
Criado pelo meu pai, seu Pedrinho, homem atlético, sarrista de 1ª categoria!
Em explícita “puta falta de sacanagem” com o meu tom de pele. Rs
É dito com entonação pernambucana. Coisinha mais linda do mundo!
1992
Kellynguiça e Kellyxo
1992, 1ª série.
Meninos odeiam meninas e vice-versa.
Numa batalha corporal, com direito a chutes na canela e cuecão, travou-se o seguinte diálogo:
"- Seu cabeçudo! Olha o tamanho dessa cabeça! Como é que seu pescoço agüenta, hein??
(puxão de cabelo)
- Lixo, lixo, lixo. Kellyxo!
(beliscão)
- Aii.. Kellynguiça, paraaaaa!!
- Kellynguiça????
(mordida)
- Gilbran e Kelly: os dois pra coordenação JÁ!"
Fui Kellynguiça e Kellyxo até entrar na adolescência.
Quando os meninos passaram a entender a dinâmica da conquista, meu apelido mudou drasticamente... rs
1995
Kellbi
Quem me chama assim é a Bibi. Ela inventou este apelido por volta de 1995... E perdura até hoje.
Quem é Bibi?
É a Anna Silvia! Minha amiga desde os 4 aninhos de idade! Ównnn...
E agora, o que tem a ver Bibi com Anna Silvia???
Vou explicar:
Estávamos começando a estudar espanhol, e a pronúncia do nome dela ficava “Anna SilBia”.
De SilBia, virou SilBi.
De SilBi, Bibi.
E eu, que andava com a Bibi, virei Kellbi, com sua variante Cauby – sim, o Peixoto. hahaha
K "estrela" (desenhadinha, traço a traço)
Era assim que eu assinava todos os cadernos, agendas, cartas, desde meados de 1995.
A estrela substituía um “A”.
“A” de Alone. (tá, pode se matar agora...)
Ainda bem que minha adolescência já passou, pois se fosse hoje, seguramente eu seria uma eminha! O Deus Metal me salvou! kkkk
1996
PhoK"estrela"
Assim, ridículo mesmo.
Foca com “PH”, “K”, e no lugar do “A” a minha conhecida estrelinha...
Quem me deu este apelido foi minha mãe, numa tentativa de tirar um tique também RIDÍCULO que eu tinha de falar “ããn” no final de cada frase.
Cada frase mesmo. Mais ou menos assim:
“Vamos comer donuts? ããn”
“Eu vou na casa da Ana Paula. Ããn.”
Aí minha mãe bolou a tática de me boicotar ao telefone – pq nessa idade eu pendurava no telefone de acordo. Quando tocava o telefone e era pra mim, ela soltava um sonoro e longo: “Fooooooooooooooooooooooooooooocaaaaaaaaaaaa, telefone pra você!”
Em dois dias a sala inteira me chamava de Foca.
E eu...
GOSTEI. Aff...
Ainda bem que o tique e esse apelido ridículo passaram logo. Isso foi em 1996/1997...
1997
Kellynda
Enfim, os meninos entenderam que não conseguiriam viver sem as meninas! Com exceção do Pedro Espíndola, que já demonstrava uma queda pelas meninas desde a 2ª série.
Na 8ª série, mais ou menos, passei de Kellynguiça pra Kellynda. Ainda bem! rs
Hoje muita gente me chama de Kellynda.
Eu acho uma fofura!
1999
Pinkemon
1999 - Época de longas madrugadas teclando no MIRC... OP de vários canais...
De repente, criaram o MSN!
Naquele tempo tudo meu era rosa e eu era menor do que sou hoje.
Um verdadeiro pokémon rosa!
Migrando para o MSN, por idéia da minha turminha dos “gordinhos mongóis unidos pelo RPG”, virei Pinkémon!
Não satisfeitos com meu apelido tosco elevado à décima potência, todos ganharam novos apelidos!
Quanta criatividade... ¬¬
“Vatomon” (Gustavo Berg, o antigo “Vato”)
“Godomon” (Rodolfo Uso Delduca, o antigo “Godo”)
“Nenêmon” (Bruna Moura, a antiga “Bru”)
Um bando de “mon” mesmo!
MONgolóides! hahahaha
2000
Kellái
Coisas de Rodolfo, o Godofredo, Godo, Godomon.
Não é nada mais do que uma pronúncia diferente para o meu ‘ipisilone’. Dã. kkkk
2002
Asinha
Em 2002 Deus me apresentou um anjo que, assim como eu, tinha uma asa só.
Um abraço bastou para que descobríssemos que assim, abraçados, sempre conseguiríamos voar.
Desde então não largamos aquele abraço. E sei que com a ajuda da asa dele, podemos ir juntos pra qualquer lugar.
Ele é o Wildener Albuquerque de Lima, o Wil.
Meu amigo. Minha asinha...
Ele mudou pra Cuiabá ano passado...
Asinha: tô com saudades! :’(
2003
Kellyda
Kelly+querida
Quem inventou este apelido foi uma das pessoas mais incríveis que já passaram pelo meu caminho, o Marco Aurélio, conhecido como “Leco”.
Para mim ele é o ‘Marcoração”.
Também não sei desde quando ele me chama assim, mas conheço o Marcoração desde 2003.
2004
Ké-Kelly
Heranças do meu irmão Pedro, que era chamado de Pê-pedro. kkkk
Quem mais me chama assim, hoje, é o Bruno Pizza. :)
Balão
Ele disse que eu era um balão de gás.
Eu não sentia cheiro mesmo... Judiava sem dó!
Hoje em dia não faço mais isso com as pessoas, viu, Marcel?! hahaha
Amigala
A Gábi, minha amigala queridala que morala dentrolo do meu peitolo que inventoulo estele apelidolo lindolo que eulo adorolo muitolo! hauahauhau
O Paraibala também me chamala destele jeitolo!
Jóiala rarala! rs
2005
Kellander
Segundo o Fernando Salles, meu amigão Nando, eu sou uma guerreira imortal.
Kelly+Highlander = Kellander.
Não sei quando foi que ganhei este apelido... mas sei que conheço o Nando desde 2005.
Agora o Nando inventou de me chamar de Kebulani, em referência explícita à Jabulani.
(Acho que preciso começar um regime com urgência! kkkkk)
Gafanhota Rosa
Edson Fanaia de Medeiros, o Bode, descobriu meus “superpoderesultrasecretos”.
E criou este codinome secreto pra eu usar quando fosse salvar amigas depressivas, sobrinhos com o joelho ralado ou festinhas desanimadas.
"A incrível gafanhota rosa"! rs
2006
Kellyrri
Sandrinha criou, Sandrinha não sabe o motivo.
Perguntei pra ela e ela não soube explicar.
Como diria Chicó, "só sei que foi assim"!
2007
BranKelly
Este apelido foi invenção do Rodrigo, cujo apelido é Bean. Sim, o nariz dele é grande como o do Mr. Bean.
Mas acho que o apelido dele deveria ser “Bin” de Bin Laden, por conta da cara de terrorista que ele tem. Hahaha
Ele criou este apelido em 2007.
“Você é tão branquela, que nem branquela você é. Você é BranKelly!”
Este garoto é um encanto!
Além de ser interessantíssimo pessoalmente, pelo meio virtual posso dizer o quanto é prazeroso conversar com uma pessoa que pontua tão bem as frases, escolhe palavras com exatidão e até certa surpresa gramatical.
Saudades de quando eu tinha tempo pra conversar no MSN! rs
Saudades do Bean também!
O BranKelly teve sua variante “Brankelly de neve” quando me fantasiei de Branca de Neve numa festa, observação feita pela Clarissa Banducci Rahe.
Hoje quem me chama assim todos os dias é a Ana que trabalha comigo.
“- Brankelly de neve, telefone pra você”. rs
AmooRRRR
Depois de dormirmos em 5 pessoas na mesma “cama” (chão) em Bonito e eu ter acordadado abraçadinha com a Dayane (a Day!) dois dias seguidos, ela virou o meu amoooRRRR. E eu, o amooooRRRR dela! rs
Kellão
Minha mãe não gosta deste apelido.
Eu também não entendo... Sou tão delicadinha... kkkk
Quem me chama assim: Dayane (AmooooRRR), Jeanny (Ex-magrela), Letícia (Neguinha), Ronaldo (Rô) e Tio Paulinho (sogrinho, pai do AmoooRRRR). kkkk
Pitiléia
DJ Rodrigo Vieira estava lá... pensativo...Não queria repetir os apelidos que eu já tinha.
Ouviu, então, uma história de uma vez que meu pai chamou o paletó de pitiló, mas fazendo piadinha de duplo sentido com referência ao órgão sexual masculino... que virou pitiló.
Pitiló pra cá, Pitiló pra lá...
Não sei o que passou pela cabeça dele. Só sei que eu virei Pitiléia. rs
Não lembro quem colocou, como surgiu, nem vou enumerar quantas pessoas me chamam por estes nomes pq eu nem sei dizer! Só sei que surgiram em 2007.
Kellypso (sim, de Calipso mesmo... rs)
PiriKelly (você entendeu...)
Kréully (pra você ver como as pessoas são criativas... tsc, tsc...)
2008
Amica
"- Oi, Tuto pom?
- Comigo tá tutu pem."
A minha amica Bianca Vieira Knorst que me chama assim. hihihihi
Um pêixo, amica! hihihi
Vaca de Coco
Fui promovida.
Até então eu era “Doce de coco.”
Mirabolei uma surpresa daquelas de fazer o coração saltar pela boca, especialmente pra Fernanda Saturnino Cardoso.
Na hora da surpresa ela gritou, de tanto susto:
“-Você é uma vaca!”
E logo corrigiu, me dando um baita abraço:
“- Uma vaca de coco!”
hauahuahau
2009
Jaca
"- Pq 'Jaca', Rafa?
- Pq ta rachando de gostosa!"
Mente criativa de Rafael Scaini, em meados de 2009. kkkk
22k
Em português parece não fazer sentido.
Leia em inglês: Two-two-k.
Sim, sim, é tchutchuca mesmo.
O Bode, definitivamente, não tem o que fazer! rs
Kells
“- ALoww, Kéwllynha! Adevenha quem estar falandow?!”
Esse apelido “kells” foi criado e é usado exclusivamente pelo Nigeriano mais querido do mundo: O Olwafemi, conhecido como Femi!
Peruca de Fogo
Rolou um movimento Drag Queen + Princesa Sara (do cavalo de fogo!) e saiu!
A Maritê, chaveirinho mais lindinho da galáxia, que inventou. Ównn!
Netinha
O Sindicato dos pós adolescentes e jovens idosos tem como membro honorário o André Queiroz, mais conhecido como “Vô”.
E eu sou sua neta predileta!
Fia
A Rosy é fera!
Ela é atitude, ação pura!
A menina abraça as causas e faz o negócio acontecer.
Realmente uma mãe, cuida de tudo (tudo é qualquer coisa mesmo) com muito amor.
Ela é a mãe. E eu sou a “fia”, que bagunça tudo! kkkk
2010
Gata-Gótica-Deusa-Mitológica-do-Metal
Miau. Rs
Isso é coisa da Biazinha Garutti.
Bisnaguenta e Kellota (véia)
O dotô Bisnaga, Bisnagão, Gordão, seu GuRRRdura véia, o Fernando Ribeiro, acha que eu sou tiete dele. E tiete de bisnaga é bisnaguenta! rs
Não satisfeito, ainda me acha com cara de bolota. E Kelly+bolota vira Kellota.
Assumi: virei Bisnaguenta e Kellota. Amiga veia. rs
Garota Infortúnio
Quem me deu este apelidinho foi o Carlos Prado, em virtude da constante repetição do termo "infortúnio" em nossos diálogos intermináveis.
Dei o troco!
Para mim, ele é o Garoto Lástima. rs
Lady Fanha
Não posso nem ficar gripada mais que Jeanny Santa Rosa Monteiro de Oliveira já me manda um apelido novo!
“Má bo-bo-bôguer veize...”
Kellícera – 13/07/2010
Thiago criou, Thiago explica:
“- De onde vem esse nome, Mininu?
- Bom... Na verdade vem de quelicera. É um apêndice de artrópodes. Na verdade eles ficam perto da boca e só os artrópodes mais vorazes tem esse membro, muitas das vezes para inocular veneno ou ajudar na mastigaçãoo/dilaceração.” (Thiago Bambil)
Sim, além de ser querido ele também é biólogo. hahaha
Perdidos no tempo e no espaço
Kelly Cristina, Kelly Maria e Kelly Key
Não sei quem inventou, nem quando. Sei que todo dia tem alguém que chama por um desses nomes.
Maninha
Além dos meus irmãos consangüíneos, mais duas pessoas me chamam assim: o maninho Lucas Abdala e a maninha Fernanda Saturnino Cardoso.
São irmãos postiços que a vida me presenteou!
Prima
Além dos meus primos consangüíneos, ganhei 4 primos de brinde:
O Matheus Salmazo, meu primo do mirc;
O Fredinho, primo primo por causa do Rafael Falleiros;
O José Eduardo, que eu herdei do Bode;
E por fim o Rodrigo, que eu herdei do Renato.
Ruiva
Por motivos óbvios. Rs
Sempre é proferido com entonação exclamativa!
Quem me chama assim são o Padre João Neto e a Carol Inocêncio.
Se alguém lembrar de mais algum, manda aí!
Com exceção daqueles que mandariam minha conduta ilibada pras cucuias, hein?
Resolvi então fazer um apanhado histórico e cronológico dos meus mil apelidos, especialmente para os desocupados de plantão:
1985
Kellynha
Esse é o mais comum e geralmente vem seguido de um cafunézinho no cucuruto ou um sorriso com os olhos apertadinhos.
Assim: ^^
Escuto desde quando eu me lembro de ter escutado alguma coisa.
Quem me chama assim: parentes em geral, professores, colegas da escola, da dança, da faculdade, dos cursos, do serviço, clientes, amigos, inimigos...
Kellyzinha
Quem me chama assim é minha prima Patrícia, a “Patizinha”.
Só ela.
Desde sempre. E para sempre. Iêê!
Neguinha
Criado pelo meu pai, seu Pedrinho, homem atlético, sarrista de 1ª categoria!
Em explícita “puta falta de sacanagem” com o meu tom de pele. Rs
É dito com entonação pernambucana. Coisinha mais linda do mundo!
1992
Kellynguiça e Kellyxo
1992, 1ª série.
Meninos odeiam meninas e vice-versa.
Numa batalha corporal, com direito a chutes na canela e cuecão, travou-se o seguinte diálogo:
"- Seu cabeçudo! Olha o tamanho dessa cabeça! Como é que seu pescoço agüenta, hein??
(puxão de cabelo)
- Lixo, lixo, lixo. Kellyxo!
(beliscão)
- Aii.. Kellynguiça, paraaaaa!!
- Kellynguiça????
(mordida)
- Gilbran e Kelly: os dois pra coordenação JÁ!"
Fui Kellynguiça e Kellyxo até entrar na adolescência.
Quando os meninos passaram a entender a dinâmica da conquista, meu apelido mudou drasticamente... rs
1995
Kellbi
Quem me chama assim é a Bibi. Ela inventou este apelido por volta de 1995... E perdura até hoje.
Quem é Bibi?
É a Anna Silvia! Minha amiga desde os 4 aninhos de idade! Ównnn...
E agora, o que tem a ver Bibi com Anna Silvia???
Vou explicar:
Estávamos começando a estudar espanhol, e a pronúncia do nome dela ficava “Anna SilBia”.
De SilBia, virou SilBi.
De SilBi, Bibi.
E eu, que andava com a Bibi, virei Kellbi, com sua variante Cauby – sim, o Peixoto. hahaha
K "estrela" (desenhadinha, traço a traço)
Era assim que eu assinava todos os cadernos, agendas, cartas, desde meados de 1995.
A estrela substituía um “A”.
“A” de Alone. (tá, pode se matar agora...)
Ainda bem que minha adolescência já passou, pois se fosse hoje, seguramente eu seria uma eminha! O Deus Metal me salvou! kkkk
1996
PhoK"estrela"
Assim, ridículo mesmo.
Foca com “PH”, “K”, e no lugar do “A” a minha conhecida estrelinha...
Quem me deu este apelido foi minha mãe, numa tentativa de tirar um tique também RIDÍCULO que eu tinha de falar “ããn” no final de cada frase.
Cada frase mesmo. Mais ou menos assim:
“Vamos comer donuts? ããn”
“Eu vou na casa da Ana Paula. Ããn.”
Aí minha mãe bolou a tática de me boicotar ao telefone – pq nessa idade eu pendurava no telefone de acordo. Quando tocava o telefone e era pra mim, ela soltava um sonoro e longo: “Fooooooooooooooooooooooooooooocaaaaaaaaaaaa, telefone pra você!”
Em dois dias a sala inteira me chamava de Foca.
E eu...
GOSTEI. Aff...
Ainda bem que o tique e esse apelido ridículo passaram logo. Isso foi em 1996/1997...
1997
Kellynda
Enfim, os meninos entenderam que não conseguiriam viver sem as meninas! Com exceção do Pedro Espíndola, que já demonstrava uma queda pelas meninas desde a 2ª série.
Na 8ª série, mais ou menos, passei de Kellynguiça pra Kellynda. Ainda bem! rs
Hoje muita gente me chama de Kellynda.
Eu acho uma fofura!
1999
Pinkemon
1999 - Época de longas madrugadas teclando no MIRC... OP de vários canais...
De repente, criaram o MSN!
Naquele tempo tudo meu era rosa e eu era menor do que sou hoje.
Um verdadeiro pokémon rosa!
Migrando para o MSN, por idéia da minha turminha dos “gordinhos mongóis unidos pelo RPG”, virei Pinkémon!
Não satisfeitos com meu apelido tosco elevado à décima potência, todos ganharam novos apelidos!
Quanta criatividade... ¬¬
“Vatomon” (Gustavo Berg, o antigo “Vato”)
“Godomon” (Rodolfo Uso Delduca, o antigo “Godo”)
“Nenêmon” (Bruna Moura, a antiga “Bru”)
Um bando de “mon” mesmo!
MONgolóides! hahahaha
2000
Kellái
Coisas de Rodolfo, o Godofredo, Godo, Godomon.
Não é nada mais do que uma pronúncia diferente para o meu ‘ipisilone’. Dã. kkkk
2002
Asinha
Em 2002 Deus me apresentou um anjo que, assim como eu, tinha uma asa só.
Um abraço bastou para que descobríssemos que assim, abraçados, sempre conseguiríamos voar.
Desde então não largamos aquele abraço. E sei que com a ajuda da asa dele, podemos ir juntos pra qualquer lugar.
Ele é o Wildener Albuquerque de Lima, o Wil.
Meu amigo. Minha asinha...
Ele mudou pra Cuiabá ano passado...
Asinha: tô com saudades! :’(
2003
Kellyda
Kelly+querida
Quem inventou este apelido foi uma das pessoas mais incríveis que já passaram pelo meu caminho, o Marco Aurélio, conhecido como “Leco”.
Para mim ele é o ‘Marcoração”.
Também não sei desde quando ele me chama assim, mas conheço o Marcoração desde 2003.
2004
Ké-Kelly
Heranças do meu irmão Pedro, que era chamado de Pê-pedro. kkkk
Quem mais me chama assim, hoje, é o Bruno Pizza. :)
Balão
Ele disse que eu era um balão de gás.
Eu não sentia cheiro mesmo... Judiava sem dó!
Hoje em dia não faço mais isso com as pessoas, viu, Marcel?! hahaha
Amigala
A Gábi, minha amigala queridala que morala dentrolo do meu peitolo que inventoulo estele apelidolo lindolo que eulo adorolo muitolo! hauahauhau
O Paraibala também me chamala destele jeitolo!
Jóiala rarala! rs
2005
Kellander
Segundo o Fernando Salles, meu amigão Nando, eu sou uma guerreira imortal.
Kelly+Highlander = Kellander.
Não sei quando foi que ganhei este apelido... mas sei que conheço o Nando desde 2005.
Agora o Nando inventou de me chamar de Kebulani, em referência explícita à Jabulani.
(Acho que preciso começar um regime com urgência! kkkkk)
Gafanhota Rosa
Edson Fanaia de Medeiros, o Bode, descobriu meus “superpoderesultrasecretos”.
E criou este codinome secreto pra eu usar quando fosse salvar amigas depressivas, sobrinhos com o joelho ralado ou festinhas desanimadas.
"A incrível gafanhota rosa"! rs
2006
Kellyrri
Sandrinha criou, Sandrinha não sabe o motivo.
Perguntei pra ela e ela não soube explicar.
Como diria Chicó, "só sei que foi assim"!
2007
BranKelly
Este apelido foi invenção do Rodrigo, cujo apelido é Bean. Sim, o nariz dele é grande como o do Mr. Bean.
Mas acho que o apelido dele deveria ser “Bin” de Bin Laden, por conta da cara de terrorista que ele tem. Hahaha
Ele criou este apelido em 2007.
“Você é tão branquela, que nem branquela você é. Você é BranKelly!”
Este garoto é um encanto!
Além de ser interessantíssimo pessoalmente, pelo meio virtual posso dizer o quanto é prazeroso conversar com uma pessoa que pontua tão bem as frases, escolhe palavras com exatidão e até certa surpresa gramatical.
Saudades de quando eu tinha tempo pra conversar no MSN! rs
Saudades do Bean também!
O BranKelly teve sua variante “Brankelly de neve” quando me fantasiei de Branca de Neve numa festa, observação feita pela Clarissa Banducci Rahe.
Hoje quem me chama assim todos os dias é a Ana que trabalha comigo.
“- Brankelly de neve, telefone pra você”. rs
AmooRRRR
Depois de dormirmos em 5 pessoas na mesma “cama” (chão) em Bonito e eu ter acordadado abraçadinha com a Dayane (a Day!) dois dias seguidos, ela virou o meu amoooRRRR. E eu, o amooooRRRR dela! rs
Kellão
Minha mãe não gosta deste apelido.
Eu também não entendo... Sou tão delicadinha... kkkk
Quem me chama assim: Dayane (AmooooRRR), Jeanny (Ex-magrela), Letícia (Neguinha), Ronaldo (Rô) e Tio Paulinho (sogrinho, pai do AmoooRRRR). kkkk
Pitiléia
DJ Rodrigo Vieira estava lá... pensativo...Não queria repetir os apelidos que eu já tinha.
Ouviu, então, uma história de uma vez que meu pai chamou o paletó de pitiló, mas fazendo piadinha de duplo sentido com referência ao órgão sexual masculino... que virou pitiló.
Pitiló pra cá, Pitiló pra lá...
Não sei o que passou pela cabeça dele. Só sei que eu virei Pitiléia. rs
Não lembro quem colocou, como surgiu, nem vou enumerar quantas pessoas me chamam por estes nomes pq eu nem sei dizer! Só sei que surgiram em 2007.
Kellypso (sim, de Calipso mesmo... rs)
PiriKelly (você entendeu...)
Kréully (pra você ver como as pessoas são criativas... tsc, tsc...)
2008
Amica
"- Oi, Tuto pom?
- Comigo tá tutu pem."
A minha amica Bianca Vieira Knorst que me chama assim. hihihihi
Um pêixo, amica! hihihi
Vaca de Coco
Fui promovida.
Até então eu era “Doce de coco.”
Mirabolei uma surpresa daquelas de fazer o coração saltar pela boca, especialmente pra Fernanda Saturnino Cardoso.
Na hora da surpresa ela gritou, de tanto susto:
“-Você é uma vaca!”
E logo corrigiu, me dando um baita abraço:
“- Uma vaca de coco!”
hauahuahau
2009
Jaca
"- Pq 'Jaca', Rafa?
- Pq ta rachando de gostosa!"
Mente criativa de Rafael Scaini, em meados de 2009. kkkk
22k
Em português parece não fazer sentido.
Leia em inglês: Two-two-k.
Sim, sim, é tchutchuca mesmo.
O Bode, definitivamente, não tem o que fazer! rs
Kells
“- ALoww, Kéwllynha! Adevenha quem estar falandow?!”
Esse apelido “kells” foi criado e é usado exclusivamente pelo Nigeriano mais querido do mundo: O Olwafemi, conhecido como Femi!
Peruca de Fogo
Rolou um movimento Drag Queen + Princesa Sara (do cavalo de fogo!) e saiu!
A Maritê, chaveirinho mais lindinho da galáxia, que inventou. Ównn!
Netinha
O Sindicato dos pós adolescentes e jovens idosos tem como membro honorário o André Queiroz, mais conhecido como “Vô”.
E eu sou sua neta predileta!
Fia
A Rosy é fera!
Ela é atitude, ação pura!
A menina abraça as causas e faz o negócio acontecer.
Realmente uma mãe, cuida de tudo (tudo é qualquer coisa mesmo) com muito amor.
Ela é a mãe. E eu sou a “fia”, que bagunça tudo! kkkk
2010
Gata-Gótica-Deusa-Mitológica-do-Metal
Miau. Rs
Isso é coisa da Biazinha Garutti.
Bisnaguenta e Kellota (véia)
O dotô Bisnaga, Bisnagão, Gordão, seu GuRRRdura véia, o Fernando Ribeiro, acha que eu sou tiete dele. E tiete de bisnaga é bisnaguenta! rs
Não satisfeito, ainda me acha com cara de bolota. E Kelly+bolota vira Kellota.
Assumi: virei Bisnaguenta e Kellota. Amiga veia. rs
Garota Infortúnio
Quem me deu este apelidinho foi o Carlos Prado, em virtude da constante repetição do termo "infortúnio" em nossos diálogos intermináveis.
Dei o troco!
Para mim, ele é o Garoto Lástima. rs
Lady Fanha
Não posso nem ficar gripada mais que Jeanny Santa Rosa Monteiro de Oliveira já me manda um apelido novo!
“Má bo-bo-bôguer veize...”
Kellícera – 13/07/2010
Thiago criou, Thiago explica:
“- De onde vem esse nome, Mininu?
- Bom... Na verdade vem de quelicera. É um apêndice de artrópodes. Na verdade eles ficam perto da boca e só os artrópodes mais vorazes tem esse membro, muitas das vezes para inocular veneno ou ajudar na mastigaçãoo/dilaceração.” (Thiago Bambil)
Sim, além de ser querido ele também é biólogo. hahaha
Perdidos no tempo e no espaço
Kelly Cristina, Kelly Maria e Kelly Key
Não sei quem inventou, nem quando. Sei que todo dia tem alguém que chama por um desses nomes.
Maninha
Além dos meus irmãos consangüíneos, mais duas pessoas me chamam assim: o maninho Lucas Abdala e a maninha Fernanda Saturnino Cardoso.
São irmãos postiços que a vida me presenteou!
Prima
Além dos meus primos consangüíneos, ganhei 4 primos de brinde:
O Matheus Salmazo, meu primo do mirc;
O Fredinho, primo primo por causa do Rafael Falleiros;
O José Eduardo, que eu herdei do Bode;
E por fim o Rodrigo, que eu herdei do Renato.
Ruiva
Por motivos óbvios. Rs
Sempre é proferido com entonação exclamativa!
Quem me chama assim são o Padre João Neto e a Carol Inocêncio.
Se alguém lembrar de mais algum, manda aí!
Com exceção daqueles que mandariam minha conduta ilibada pras cucuias, hein?
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Sobrevindo
"sobrevindo
[Part. de sobrevir.]
Adjetivo.
1.Que sobreveio.
Substantivo masculino.
2.Aquele que sobreveio ou chegou inesperadamente."
(Novo Dicionário Aurélio)
Estava eu, tranquilinha, tranquilinha - Ok, na verdade não tãããão tranquilinha... quem me conhece sabe que sou bem agitada! rs - mas eu estava na minha, no conforto do meu lar, na vibe do "eu me amo e não vivo sem mim, vou 'me curtir-me' myself today, man", rs.
- Niiiiiiiiiiiiiiiiiiinininini! - soou a campainha.
- Quem é?
- É a desilusão. Abre aí que eu tô chegando com a galera!
E foi assim que a desilusão, o desconforto e a confusão chegaram na minha casa pra tomar um tereré. E estas visitas não sabiam a hora de ir embora... E eu, por minha vez, não sei mandar visitas embora!
Tentei usar a força do pensamento, mas a confusão embaralhava minhas idéias e eu não conseguia me concentrar.
Coloquei a vassoura atrás da porta... não funcionou.
Tentei então com a vassoura de ponta cabeça. Nada.
Troquei a vassoura de pêlo por uma de palha. Nhé.
Coloquei as duas vassouras juntas. Por precaução, coloquei mais dois rodos, um balde e um pano de chão. E ninguém foi embora.
Pensei então que talvez o problema fosse a porta...
Tirei de trás da porta do quarto e coloquei atrás da porta da sala.
Da cozinha.
Do banheiro.
Da despensa, do quarto do meu irmão, do guarda-roupa... Nenhuma funcionou.
Acabaram as portas.
Pedi licença novamente.
Fui ao banheiro, lavei o rosto e olhei meu semblante cansado no espelho.
"- Estou sangrando! O que é isso?"
E descobri que ainda havia uma porta, tão abandonada que eu tinha até esquecido que existia... Era a porta do meu coração!
As visitas a abriram à força, e ali ela estava, em carne viva, rasgada, ardendo o peito.
Peguei as vassouras, os rodos, o balde e o pano de chão e resolvi fazer o que eu devia ter feito há muito tempo: uma faxina atrás desta porta.
-" Isto vai pro lixo, isto vou guardar, isto vou doar, isto... Nossa! Nem lembrava! hahaha... Isso aqui vou devolver, esqueceram aqui... Isso aqui está vencido..."
Faxina feita, passei para o segundo passo: costurar a ferida aberta.
Agulha, linha e tesoura em mãos.
Um nó na ponta da linha bem colocada na agulha e a primeira alinhavada...
"- Costura a carne, costura. Costura e prega esta ferida aberta, feia e malcheirosa que te consome o peito."
Segunda alinhavada...
"- Se antes coração inteiro, hoje meio coração."
Terceira alinhavada...
"- A decomposição é diária. Fatal. Necessária. (Necrosando, necrosando...)"
Quarta...
"- Aqui, entre lesmas e vermes, ao invés de pulsar esse meio coração rodava..."
Quinta...
"- Sempre no sentido anti-horário..."
Sexta...
"- Rodava, rodava, rodava e misturava tudo... Como num grande milk-shake sangrento e podre..."
E dei a última furada de agulha seguida da linha, arrastando por dentro da carne. Argh!
Sete alinhavadas e um nó digno do trio Huguinho, Zézinho e Luizinho.
Terminei. Voltei ao convívio dos meus (des)convidados um pouco mais aliviada.
- Uoahnhamnham...(Bocejo) Vocês querem alguma coisa? Uma água?
- Não, não... Olha... Já é tarde, nós já vamos embora, tá? - disseram a desilusão e o desconforto.
A confusão pediu pra dormir ali.
Beijo pra cá, beijo pra lá. Um abraço vazio... Um "voltem sempre" de mentira...
Simpatia enlatada e reticências infindáveis.
Dor no peito ainda sangrando.
Fui dormir com a confusão, na mesma cama, já que não havia mais colchões em casa... Mas ela estava tão confusa que quase não me deixou dormir.
Acordei cansada, com os olhos ardendo e o peito infeccionado, cheio de pus. A cabeça, como sempre, fervilhando.
"E pra que serviu tudo isso?" - você deve estar se perguntando.
Aparentemente, parece mesmo que não serviu pra nada. Mas serviu sim, quer ver?!
O que descobri serve pra mim e pra você também.
Descoberta 1: simpatias não funcionam.
Descoberta 2: ser simpática também não funciona.
Descoberta 3: faxinas são necessárias. Do it!
Descoberta 4: não leve a confusão pra cama. Não se você realmente pretende dormir.
Descoberta 5: antes de costurar a carne, esterilize a agulha e lave bem o ferimento. Quando infecciona esta ferida dói sem dó.
Descoberta 6: há liberdades que aprisionam.
Descoberta 7: Qualquer coisa traz algum aprendizado, desde que você saiba escolher o que vale a pena aprender.
É isso.
Vou lá comprar antinflamatório, álcool iodado e esparadrapos... rs.
Até mais!
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Sobre Suspiros (e sussurros)
Olhei pela janela do escritório.
"- Olá, garota! A tão sonhada chuva que você está esperando chegará hoje!" - me disse, com a maior cara de pau, o tempo nublado.
Foi quando então, para "lavar a alma", resolvi escutar Chico.
Aah, Chico... [suspiros]
Será que você é tão mentiroso quanto o tempo nublado de hoje? Sim, porque até agora não caiu uma gotinha de chuva sequer...
Se são mentiras, que mentiras mais lindas você sabe criar... [mais suspiros...]
Eu rodopio com os dedos, balanço com as pálpebras, me contenho para que ninguém note minha vontade de sair correndo...
Correndo e rodopiando, descalça, com os braços para o ar, os olhos fechados, o coração inflado, a cabeça vaziiiia... Ouvindo esta música e tomando banho de chuva!
(Que chuva? Fui enganada! rs)
Para quem é (ou gostaria de ser) e para quem tem (ou gostaria de ter uma), ofereço CECÍLIA.
Uma das mais belas canções que já tive o prazer de amar com os ouvidos do coração.
Cecília
Composição: Luíz Cláudio Ramos/Chico Buarque
Quantos artistas
Entoam baladas
Para suas amadas
Com grandes orquestras
Como os invejo
Como os admiro
Eu, que te vejo
E nem quase respiro
Quantos poetas
Românticos, prosas
Exaltam suas musas
Com todas as letras
Eu te murmuro
Eu te suspiro
Eu, que soletro
Teu nome no escuro
Me escutas, Cecília?
Mas eu te chamava em silêncio
Na tua presença
Palavras são brutas
Pode ser que, entreabertos
Meus lábios de leve
Tremessem por ti
Mas nem as sutis melodias
Merecem, Cecília, teu nome
Espalhar por aí
Como tantos poetas
Tantos cantores
Tantas Cecílias
Com mil refletores
Eu, que não digo
Mas ardo de desejo
Te olho
Te guardo
Te sigo
Te vejo dormir...
"Cecília é simplesmente o nome que corresponde ao que ele está falando. É um nome que não se diz, é um nome que se sussurra, é um nome que se cicia. Cecília é isso. Então ele está falando de uma paixão de um nome que não pode ser pronunciado ou que não deve ser pronunciado, um nome que é soprado, que é sussurrado. A música já estava quase toda pronta e não tinha esse nome. Eu queria um nome para essa canção. A música é feita de parceria com o Luís Cláudio Ramos. Aí eu perguntei para o Luís Cláudio: "Qual é o nome da tua namorada?" - para ver se cabia, mas não cabia na coisa. Aí falei, não, tem de ser um nome assim, só isso. Simplesmente." (Chico Buarque)
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Sobre o olfato
Sim, de fato, eu não tenho olfato.
Não sei onde foi que ele perdeu-se de mim ou se fui eu que me perdi dele.
Só sei que, não sei onde, meu olfato está perdido.
Este malandrinho deve estar a confabular com milhares de botões de camisa, guarda-chuvas e alfinetes que encontrou, também perdidos, por aí...
Só me dei conta do sumiço dele há mais ou menos uns 6 anos.
De lá pra cá, foram 6 anos dos mais diversos tratamentos que nunca trouxeram de volta o cheiro da dama da noite plantada em meu quintal, do melancólico aroma da terra após ser banhada pela chuva ou da suculenta carne de panela forrada de rodelas de cebola feita pela minha mãe.
Por fim, acabei me acostumando, mas não me conformando.
É tão particular o que acontece comigo, que talvez expressando em palavras pode parecer que estou beirando a loucura (e talvez esteja mesmo...)
Sabe o que acontece? A minha cabeça às vezes parece querer me agradar e inventa cheiros pros sabores que eu sinto, cheiros pras cores que eu vejo...
E é sempre assim, me satisfaço, agradeço a benevolência e ela então dissipa a invenção, deixando apenas uma dúvida plantada bem no meio da minha testa: senti ou não?
Uma vez, minha cabeça inventou o cheiro de uma maçã adocicada que comi... Mmm!
Outra vez, inventou o cheiro de sabonete de um amigo que veio me abraçar após ter acabado de sair do banho! Foi tão gostoso!
Minha cabeça já inventou até cheiro de bacalhau no supermercado! hahaha
E teve uma vez...
Bem, teve uma vez que ela inventou o cheiro de um amor!
Este aroma meio-amargo ficou grudado na minha roupa e me seguiu até em casa...
Tomei banho e não saiu.
Meses se passaram... E ele ainda ali.
Mas eu nem me importava! Queria sentir mais e mais daquele perfume envolvente...
Por fim, a história acabou...
Mas, curiosamente, aquele cheiro não passou. Nem a dúvida: Senti ou não senti?
Será que nada disso existiu?
(Esta minha cabeça é tão criativa, não entendo como ela ainda não conseguiu inventar um meio de tirar esse cheiro que até hoje não saiu do meu travesseiro...)
Sobre o Blog
Segundo o Novo Dicionário Aurélio:
"[De sobr(e)+cheio.]
Adjetivo.
1. Cheio em demasia; acogulado.
2. Empanturrado, farto, enfartado."
"[De sobr(e)+cheio.]
Adjetivo.
1. Cheio em demasia; acogulado.
2. Empanturrado, farto, enfartado."
Encorajada por um blogueiro altamente ativo a "eternizar" meus devaneios solitários, que atualmente encontram-se acorrentados dentro da minha pasta de rascunhos e blocos de nota perdidos em minha realidade virtual (que andam enchendo não só estes arquivos, mas também meu coração...), decidi transbordar sobre as coisas que sinto.
Não me leve tão a sério, ok?
O que escrevo são apenas pensamentos de uma cabeça semi-desparafusada, adoçados por um coração mole que pulsa sobre tudo que existe nesse mundo e, por fim, traduzidos pelas pontas de longos e branquelos dedos, que pulsam palavras incessantemente.
Devore esta doce sobremesa. :)
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